sábado, 4 de dezembro de 2021

eterno vazio

Todos os dias tem sido vazios sem você. Será só dependência emocional? Ou algo maior que eu não saiba explicar? Hoje me disseram que quem ama não trai, eu trai, duas - péssimas - vezes, mas isto me faz te amar menos ou não te amar? Acho que não é bem assim. Não existe um minuto da minha vida nos últimos quatro anos que eu não pense em como você esta, se já se alimentou, se levou casaco pra voltar a noite, se está acompanhada ou se vai voltar sozinha para casa. Se querer cuidar de você não é amor, o que é? Eu errei com você, mas primeiramente errei comigo. Te trair foi uma decisão minha e isto me fez errar comigo mesmo, antes mesmo de ser errado com você. Porque eu acredito que ninguém é obrigado a continuar com alguém, basta terminar e assim pode seguir a vida. Mas não, quando se tratou destas duas traições eu simplesmente esqueci quem eu era, quem eu gostaria de ser e abandonei meus princípios, errei comigo, errei e machuquei você. Sempre que penso no que fiz, nas duas vezes que fiz, sinto nojo de mim. Sim, nojo, por mais que você não acredite. Não culpo as pessoas envolvidas na história, porque poderia ter sido diferente se EU tivesse escolhido ser quem eu achava que era. Me machuco cada vez que lembro do que fiz, tenho vontade de esfolar cada parte do meu corpo como punição por tamanha maldade. Queria ter sido a pessoa mais incrível da tua vida, não só mais uma que te machucou e que te fez achar que você não era suficiente. Talvez você nunca leia este blog, mas eu precisava escrever. Tenho sido sufocada pela constante saudade de ter você, de ser amada por você e de poder te amar sem culpa. Eu daria tudo para ser diferente, para poder ficar com você, te reconquistar e viver até o fim do teu lado. A dor no peito, o mal estar no estômago, a falta de ar constante, tudo isto se tornou rotina, no lugar onde você me enchia de alegria e amor. Dormir virou meu hobby favorito, se eu pudesse dormiria pra sempre, afinal, é muito fácil dormir e sonha contigo, difícil mesmo é acreditar que não te terei mais nessa vida comigo. 

sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Tempo - dono de tudo

Todos os dias escutamos que o tempo é responsável por curar toda e qualquer ferida, independente do buraco que ela tenha te causado. Com toda certeza, não tenho paciência para esperar o tempo me curar, o buraco deixado no meu peito é tão grande que tem dias que não consigo respirar. Hoje é um dia desses, na verdade, essa semana tem sido assim. Olho para o celular afim de encontrar uma salvação, a espera de um "vou te ver" ou um "vem me ver", não sei, qualquer coisa que faça referência a um reencontro, mas não, muito ao contrário do que espero recebo apenas indiferença. Por cuidado pessoal talvez? Talvez. Bom que pelo menos alguém esta se cuidando, se protegendo e superando todo o caos. Eu, por hora, choro. Sinto como se vivesse em eterno luto, sinto falta do cheiro, do abraço apertado, dos domingos de folga onde só curtiamos nós e nosso chamego. Sinto falta do que construímos, do nosso lar, dos banhos em conjunto, das fofocas, dos passeios com a Luna. Sinto falta dos almoços inventados, dos churrascos mal feitos, só sei sentir a falta do amor que eu mesma destrui. E é sempre assim, eu sempre saboto tudo o que me faz bem. Parece que não sei ser amada, porque quando tudo está tranquilo, resolvo acabar, ou fazendo merda, ou sei lá, eu simplesmente acabo com tudo o que há de bom em meus relacionamentos. As vezes acho que gosto de sofrer, será? Parece. Gosto do fardo de que tudo acabou por minha culpa, gosto de me rebaixar indo atrás da pessoa, será que é isto mesmo? Gosto de ser pisada e não amada? Não sei, talvez. No final as pessoas se tornam indiferentes, se afastam, eu me despedaço e tento me reconstruir. Talvez dessa vez eu não tente, não sei se quero. Com o tempo (olha ele ai, o dono de tudo), a gente se acostuma a ser caco e se, pensarmos que no final da vida, quando morremos, viramos pó, ser caco é só um processo para chegar no final de toda história da humanidade: voltar ao pó.