quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Morte lenta

Ultimamente ando desejado quebrar minha cabeça em um vidro com grande frequência. Estourar uma mesa com um soco, me jogar na frente de um carro, qualquer coisa que consiga causar dor ao meu corpo para ver se sou capaz de curar o que tenho por dentro. Insuficiente, me vejo sendo insuficiente em qualquer lugar. Família, trabalho, amigos, amor. Em nada sou capaz de ser o melhor, de ser 100%. Estou ficando louca, trancando em mim uma porção de sentimentos só para não transparecer minha loucura, só para que as pessoas não me vejam como vítima de algo que eu mesma criei. Mimha cabeça dói, o choro entalado na garganta pausa minha fala. Meu coração dispara, me falta forças para continuar. Esgotada estou e ninguém vê.

sábado, 25 de agosto de 2018

Outro nível

Perco minha sanidade em questão de segundos e já quero destruir meu corpo e tudo que há em minha volta. Não faço a mínima do que esteja acontecendo comigo, estou voltando a me aprisionar em mim e tentando esconder meus sentimentos para não ferir quem eu amo. Dia após dia cresce em mim um buraco sem fundo, uma alfinetada doida perto do peito capaz de me deixar sem ar.  Coração disparado, mente a mil e um soco na parede, se bem que este soco ja evoluiu. Voltei a fase do cabeça de pedra, tentando quebrar meu crânio, ou melhor, tentar externizar o que se encontra dentro de mim: somente cacos e feridas diárias.

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Suficiente ou nada?

Ate que ponto você é suficiente? Por mais que você se esforce não há nada que te faça se sentir suficiente, não há nada que tire de você o imenso vazio do peito. A necessidade de ser quem os outros precisem que você seja rouba quem você realmente é e você passa a viver a vida no modo automático. Perdi as contas de quantas vezes coloquei minha vida em modo automático e vi meu avião perder altitude de forma tão rapida ao ponto de se trucidar no chão. Agora mesmo, me esforcei ao máximo, tentei ser o melhor que pude e no fim fui um fracasso. Também, pudera algo de bom sair de uma junção de cacos de vidro como eu? Pudera eu pensar que seria capaz de surpreender alguém livre como o anjo que tento capturar todos os dias? Quem me dera, por um segundo, me permitir me perder em mim mesmo. Em me conhecer e em ouvir o meu peito gritando por socorro, ao invés de viver apenas um dia de cada vez.